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A DESCOBERTA DAS CRÔNICAS

"Descobri as crônicas lendo a escritora Suzana Barbi de Belo Horizonte.

Achei divertidíssimo esse estilo de escrita, até porque é um dos temas que me identifico. Acho gostoso criar e relatar o mundo feminino. É engraçado!

Outra cronista brasileira que admiro muito é a carioca Waleska Zibetti

Não gosto muito de textos brasileiros, (exceto Clarice), mas as duas eu posso dizer que são minhas mentoras.

Não tenho formação em Letras e nem ganho dinheiro escrevendo. Acho até bom. Pelo menos não preciso cumprir prazos. Gosto de ter a liberdade de escrever quando quero e como quero, ainda mais quando fico zerada de inspiração, precisando morrer para renascer, e assim começar tudo de novo.

Gosto muito de escrever contos místicos e sobrenaturais. Há uma parte misteriosa dentro de mim que relaxa ao sair um pouco do chão. E o mais legal de tudo é quando personagens aparecem para você assim, cara a cara."

 

Crônicas mais lidas no Recanto das Letras

* Maldita lei de Murphy

* Uma neurose chamada TPM

* Conversando com Joana de Clarice Lispector

* Salto quebrado (?)

 

 

SOBRE ALGUNS CONTOS

 

"Eu costumo me divertir criando meus personagens. Eles são tão enigmáticos!
Uma vez, escrevi sobre uma vampira linda, e numa tarde qualquer ela apareceu para mim. Sério! Foi a primeira vez que algum personagem meu se materializou.
Eu fiquei apaixonada. Ela se chamava Gabrielle.
Hoje não sei dizer se eu realmente me apaixonei pela sua figura física, ou se me apaixonei por mim mesma.
Achando que esse fato curioso jamais se repetiria, a tão magnífica bruxa de Anne Rice, que se tornou vampira, e que eu tive a audácia em dar-lhe um conto explicando “tudo”, simplesmente surgiu do nada.
Do nada, vírgula. Na verdade foi em uma de minhas entrevistas de trabalho, quando fiquei frente a frente com Mona Mayfair. Foi uma visão quase mística. Não sei te explicar se foi o seus longos cabelos lisos e ruivos, ou se aqueles olhos assustados e frios quem me seduziram.
Me senti gay, mas eu me dei a este luxo, afinal, a imaginação era minha.
Uns dizem que sou irreverente. Eu nem sei o que é isso. Isso é legal?
Eu não sei da onde herdei essa coisa de criar estórias e colorir o mundo. Sou bem diferente das minhas irmãs e o oposto da minha mãe em muitas coisas. O meu pai conseguiu ser um estranho para mim. Não sei te explicar e nem preciso.
O que sou hoje? Ou seria, em que tenho me tornado? Essas perguntas buzinam dentro de mim há anos.
Uma coisa eu sei. Adoro fazer as pessoas se sentirem alguém, importantes.
Algumas me irritam até a morte, confesso; outras conseguem ser insignificantes. Raras vezes fico maravilhada com o restante, porém, acho que são essas pessoas quem me dão força para continuar a batalha nesse mundo improvisado, errado.
Não é à toa que fico ai, escrevendo e nascendo. Apagando e reescrevendo. Vivendo!"

 

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